A Escolha - Kiera Cass

Por Cecília Fernandes - sábado, maio 31, 2014


A algumas semanas, quando estava dando alguns roles em São Paulo com o meu pai, tive a oportunidade de comprar o último livro da saga A Seleção (sinopse aqui) continuação do livro A Elite (sinopse aqui) que eu acabei lendo em um dia, assim como fiz com todos os outros dois livro, por motivos de vício. 
A Escolha trás a emocionante reta final da Seleção, apenas quatro garotas permaneceram e somente uma será a dona da tão desejada coroa. Celeste, Kriss, Elise e America vem sofrido grandes pressões, não apenas pela competição, mas pelo fato dos rebeldes do sul que passaram a atacar com mais frequência e violência o castelo, enquanto isso Maxon encontra-se indeciso, cada uma das garotas oferece a ele algo que um rei precisa: fama, nobreza, poder e acima de tudo o amor. 
Ah o amor, o grande responsável por todas as burradas de América e de Maxon em todos os livros. Será o amor que irá levar Maxon a tomar a decisão final ou será os motivos políticos que escolherão a próxima rainha de Illea?

Confira abaixo.

O TEXTO ABAIXO CONTEM ALGUNS SPOILERS SOBRE O LIVRO

O livro começa com um almoço comum entra as ultimas participantes da Seleção, e logo no terceiro parágrafo é possível notar o quão tenso está a situação no castelo. Antes de virarmos a primeira folha do capítulo um já temos ação: Um ataque de novo ave maria acontece no castelo e rapidamente as garotas tem que se esconder e se proteger dos rebeldes que aparentemente não tem nada pra fazer além de zoar com o castelo dos outros

Durante o livro vemos America tomando a tão difícil três fucking livros pra decidir isso  decisão: Maxon ou Aspen? e claramente ela escolhe Maxon, por motivos de amor, claro. Desde A Elite eu já tinha uma noção de que o Aspen não era realmente uma opção, mas eu achei adorável como a Kiera retratou o fato de que o Aspen sempre seria importante para vida dela e tudo mais. 

Voltando a trama de Maxon e América. Durante o livro, vemos cenas românticas, como a que acontece durante o isolamento no castelo de ido o ataque dos rebeldes. Maxon leva América ao telhado do castelo quando está chovendo danadinho e se declara para ela que se declara para ele, na minha opinião é um dos momentos mais fofos do livro, mas claro que o senhor rei Clarkson tinha que aparecer acabando com o clima 
(Aliás, quando o rei morreu eu tentei, tentei mesmo, não ficar feliz.)

Durante o livro temos também aqueles pequenos momentos em que a América quer dar uma de fodona e acaba ferrando tudo, como quando ela briga com o Maxon pela 49264209 vez e o culpa por algo que ela fez e não quer assumir, rapidamente como em todas as brigas que eles tiveram durante a Elite e esse livro Maxon corre para os braços finos de Kriss que aliás, é uma maldita de uma sem sal.

Desde o começo eu a achava suspeita, muito perfeita, muito nobre, muito maravilhosa, muito preferida pelo rei. No momento em que América descobre que Kriss é uma rebelde infiltrada que acabou se apaixonando por Maxon (por favor, quem não se apaixonaria pelo Maxon?) bem na reta final da história, tudo se encaixa e parece certo novamente. 

Só parece. 

Celeste e América surpreendentemente ficam amigas no final, o tipo de amizade que me parece impossível acaba ganhando lugar no meu coração de leitora, quando Celeste assume o fato de que nunca seria a rainha e que a única coisa que ela sempre quis foram os privilégios que vinham com a coroa, é uma cena dramática, mas realmente apreciativa. 

Maxon e América descobrem os verdadeiros motivos dos rebeldes estarem atacando o palácio, por meio de August e Georgia, dois rebeldes do norte que tem objetivos diferentes e procuram por justiça, algo que América estupidamente e sabiamente ofereceu em seu discurso no Jornal Oficial de Illea surpreendendo todos ao revelar o que acontecia por baixo dos panos enquanto todos sofriam com o sistema de castas, o que acaba unindo Maxon e América ainda mais.

A Seleção está acabando, Maxon vem ganhando ainda mais os súditos assim como América que é uma das queridinhas das pessoas, mas aos poucos as pessoas se revoltam com a corrupção do sistema, América faz sua escolha e então Maxon tem de fazer a sua. Como se ele não tivesse certeza desde o começo quem seria a escolhida.

Então a jiripoca pia, a cobra fuma, o porco voa e cabum
Não, literalmente, cabum. 
Os sulistas malditos invadem com tudo o castelo botando fogo na parada toda quando todos estão distraídos, o que realmente acaba com tudo. De verdade, com tudo. Principalmente com o castelo

Resumidamente: Aspen salva a América que fica preocupada com o Maxon que está brigado com ela nesse pedaço que está no meio da treta e com o Aspen que é atingido na perna e passa a usar uma bengalinha super charmosa. O rei e a rainha morrem. Celeste morre. Anne morre. O povo morre. E depois do ataque América é encontrada por um dos soldados que a levam a Maxon que está em uma cama ferrado e agora ele é rei.

E essa é a parte mais linda da história, Maxon se declara para ela e é a coisa mais maravilhosa de todas, meus olhos encheram d'agua de verdade. Tem todo aquele momento de luto e tudo mais, mas Maxon revela o documento que realizava o projeto de eliminação das castas, na verdade, ele considerava aquilo como possibilidade muito antes da América por a boca no trombone em rede nacional no final da Elite.

No final, Aspen fica com Lucy, final inesperado para ambos porque eu acreditava que ele ficaria com a Anne, mas eu achei um amorzinho. Maxon e América se casam e vivem felizes para sempre convivendo juntos e governando Illea de um jeito completamente novo e diferente.


DUAS PALAVRAS: SIMPLESMENTE FABULOSO.

opinião pessoal: Quando eu vi minhas amigas lendo e comentando sobre um livro com a capa azul onde mostrava uma garota vestida como princesa achei que A Seleção tratava apenas de mais um clichê sem graça, mas no momento em que tive o livro em mãos até o momento em que fechei A Escolha eu me arrependi totalmente de ter pensado isso. 
Acredito que A Seleção seja o tipo de saga que supera todas as expectativas e vai contra todos os esteriótipos de "história clichê de princesas" que existe.
Eu já tinha suspeitas do final, principalmente sobre o triângulo Maxon-América-Aspen e sobre a Seleção, mas acreditem quando eu digo que o livro todo me surpreendeu e superou todas as expectativas que eu tinha sobre o final. Eu chorei, ri, tremi de tensão, xinguei a América por ser uma dramática e um pé-no-saco em algumas partes, mas amei o livro. Simplesmente amei o livro e não poderia amar mais a Kiera Cass no final do livro. O Epílogo e o livro em geral é maravilhoso, mas os agradecimentos realmente me fizeram rir com lágrimas nos olhos.

"Ponha as mãos sobre esse livro. Sério. Ponha mesmo. Finja que estou apertando sua mão e sorrindo. De que outra forma eu poderia te agradecer por ter lido meu livro?"
- Kiera Cass (agradecimentos finais)


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